Realizar a técnica regularmente proporciona alívio a pessoas com problemas de saúde diversos
Segundo um estudo recém divulgado pela Universidade de Manchester, no Reino Unido, pessoas que praticam meditação com regularidade tendem a suportar melhor a dor, pois seus cérebros são capazes de antecipar a sensação desconfortável a que serão submetidos.
“A meditação está ficando mais popular no tratamento de dores crônicas, como aquela causada pela artrite”, disse Christopher Brown, que conduziu o trabalho, ao site da instituição.
Para muitos profissionais da área de saúde essa pesquisa – publicada pela revista especializada Pain – reforça exatamente aquilo que observam frequentemente em seus consultórios.
“Muitas vezes os pacientes entram em um ciclo vicioso, pois as dores crônicas levam à contração muscular que, por sua vez, piora a percepção dolorosa. Com a meditação esse ciclo é quebrado, pois eles aprendem a olhar aspectos mais positivos em vez de focar a atenção na dor e na doença”, informa a anestesiologista Fabíola Peixoto Minson, diretora da SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor) e coordenadora dos centros de tratamento de dor dos Hospitais Albert Einstein e São Luiz, em São Paulo (SP).
Pois é, mas a história nem sempre foi assim: até pouco tempo atrás a meditação era vista com muita desconfiança pela classe médica. As coisas só começaram a mudar nos últimos anos, quando ficou claro que a dor tem um componente afetivo e, por isso, tentar tratá-la apenas com analgésicos nem sempre dá certo.
“O preconceito contra a meditação está menor. Até porque, na prática, já se sabe que os doentes que meditam evoluem melhor”, avalia Edson Amâncio, neurocirurgião do Centro de Dor do Hospital Nove de Julho, na capital paulista.
Mecanismos de ação
Segundo Elisa Harumi Kosaza, bióloga e pesquisadora do departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os benefícios proporcionados pela meditação à saúde podem ser explicados a partir de basicamente dois aspectos: fisiológico e psicológico.
“O primeiro tem a ver com a liberação de neurotransmissores, como a endorfina, que ajudam a reduzir a sensação de desconforto. Já o segundo está relacionado à forma como a pessoa encara a dor, passando da rejeição a uma postura de compreensão e acolhimento”.
Considerando que pessoas inquietas e preocupadas tendem a exacerbar a percepção dolorosa, outro ponto que merece ser destacado é justamente o efeito da meditação na redução da ansiedade. “Calmos, os pacientes colaboram mais com o tratamento indicado”, observa Fabíola, diretora da SBED.
Vida com dor
Para Stephen Little, um dos pioneiros na aplicação das práticas meditativas na área da saúde no Brasil e instrutor na clínica Anima de Medicina Integrativa e Complementar, em São Paulo (SP), o segredo é o paciente perceber que não precisa tentar controlar ou fugir da dor, e sim conviver com essa sensação de forma gentil e criativa.
“O esforço habitual e inconsciente de se livrar da dor é o que mantém as pessoas presas à experiência desagradável da qual desejam escapar. Em outras palavras: a tentativa de acabar com o problema é o problema!”, resume.
Entrar em contato com o próprio corpo permite, portanto, que uma pessoa se conheça melhor e obtenha recursos internos para vencer a dor instalada. Dessa maneira, é possível não só aumentar como incentivar a participação do paciente e de seu organismo no processo de cura, deixando-o mais preparado para receber medicações e passar por determinados procedimentos – como uma quimioterapia ou cirurgia.
Quer saber mais sobre a técnica da Meditação Transcendental?
Venha assistir a uma aula gratuita
Segunda, 10 de outubro de 2011, às 20h30.
Localização: Travessa Roberto Douglas Machado, 10 (alt. do n° 284 da R. Iguatemi) – Itaim Bibi
Entre a Rua Tabapuã e Rua Pedroso Alvarenga
(Indicação de estacionamento: Rua Pedroso Alvarenga, 1256)
Confirme sua presença pelo tel. (11) 3073 0872 ou email: contato@institutodemeditacao.com.br
Para maiores informações acesse o site www.institutodemeditacao.com.br