Neurocientistas do MIT e Harvard explicam porque a prática ajuda a minimizar as distrações e aliviar a dor
Estudos têm demonstrado que meditar regularmente pode ajudar a aliviar os sintomas em pessoas que sofrem de dor crônica, mas os mecanismos neurais responsáveis por tal alívio ainda não estão claros.
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e de Harvard descobriram uma possível explicação para esse fenômeno. Em um estudo publicado, os pesquisadores descobriram que pessoas treinadas para meditar durante um período de oito semanas foram capazes de controlar um determinado tipo de ondas cerebrais (do tipo alfa). “Esse padrão está relacionado com a capacidade de minimizar distrações e prender a atenção”, diz Christopher Moore, um neurocientista da MIT. “Nossos dados indicam que o treinamento de meditação proporciona ao individuo uma melhor capacidade de foco, em partes, permitindo que se lide melhor com as coisas que acontecem.” Há vários tipos diferentes de ondas cerebrais que ajudam a regular o fluxo de informações entre as células cerebrais.
As ondas Alpha, o foco deste estudo, permite o fluxo através de células no córtex cerebral, onde a informação é processada – elas ajudam a suprimir fatores irrelevantes ou distrações sensoriais.
Um estudo em 1996, feito com monges budistas que meditavam regularmente mostrou que o ritmo de ondas Alpha foram elevados em seu cérebro. Em um novo estudo, os pesquisadores se concentraram na função das ondas em uma parte específica do cérebro – células do córtex sensorial que processam a informação tátil das mãos e dos pés. Para este estudo recrutaram 12 voluntários que nunca haviam meditado antes. Metade dos participantes foram treinados em uma técnica chamada de atenção baseada na redução do estresse (MBSR) durante um período de oito semanas, enquanto a outra metade foi orientada a não meditar. As pessoas do grupo MBSR aprenderem a meditar através de uma gravação que os guiava, durante 45 minutos por dia. As duas primeiras semanas estão mais voltadas ao aprendizado da técnica do que à atenção as sensações corporais. “Eles estão aprendendo a manter e a controlar a atenção na primeira parte do curso. Por exemplo, eles aprendem a focar a atenção para as sensações da respiração, mas também aprendem a se concentrar nas sensações corporais em uma área específica do corpo, como planta dos pés e, em seguida mudando para outra parte do corpo”, diz Catherine Kerr, instrutora na Harvard Medical School e autora principal do artigo. Os pesquisadores fizeram imagens do cérebro dos indivíduos antes do início do estudo, três semanas após e no final de oito semanas. Em oito semanas, as pessoas que tinham sido treinadas na meditação mostraram maiores alterações na amplitude de suas ondas Alpha quando solicitado a prestar atenção em uma determinada parte do corpo – por exemplo, o “pé esquerdo”.
O estudo é uma boa demonstração dos efeitos da meditação e da capacidade de cultivar consciência interna das próprias sensações corporais, diz Clifford Sarons, pesquisador associado do Centro para a Mente e Cérebro da Universidade da Califórnia em Davis, que não estava envolvido na pesquisa.
Os participantes desta pesquisa não sofriam de dor crônica, mas os resultados sugerem que os efeitos são benéficos, pois oferecem uma capacidade de transformar os sinais da dor. “Eles aprendem a ter consciência e levar a atenção para um foco específico, tirando a atenção da área dolorosa”, afirma Kerr.
Os indivíduos treinados na meditação também relataram que se sentiram menos estressados dos que os não meditantes.
Os pesquisadores agora estão planejando estudos para acompanhar pacientes com câncer, que também podem ser beneficiados com a prática de meditação.
A meditação transcendental é a técnica com maior quantidade de estudos científicos atualmente, tem seus benefícios comprovados e cada vez mais seus praticantes relatam melhoras quanto a saúde e qualidade de vida.
Venha conhecer os benefícios da meditação transcendental na próxima palestra gratuita.
Segunda-feira, dia 19 de março de 2012 às 20h30.
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